Poesias

AUGUSTO DOS ANJOS       Voltar   Imprimir   Enviar   Email

A um carneiro morto

Misericordiosíssímo carneiro 
Esquartejado, a maldição de Pio 
Décimo caia em teu algoz sombrio 
E em todo aquele que for seu herdeiro! 

Maldito seja o mercador vadio 
Que te vender as carnes por dinheiro, 
Pois, tua lã aquece o mundo inteiro 
E guarda as carnes dos que estão com frio! 

Quando a faca rangeu no teu pescoço, 
Ao monstro que espremeu teu sangue grosso 
Teus olhos — fontes de perdão — perdoaram! 

Oh! tu que no Perdão eu simbolizo, 
Se fosses Deus, no Dia do juízo, 
Talvez perdoasses os que te mataram!

Soneto de Augusto dos Anjos!

Autor: Eduardo Gomes
Data: 03/03/2019

 

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