Poesias

MARCOS MALFATTI       Voltar   Imprimir   Enviar   Email

São horas vertidas sobre o pálido papel (Marcos Malfatti)

São horas vertidas sobre o pálido papel;
Em minha sinistra mão 
Brinca uma caneta - o meu cinzel -.
Estimulo-a a prosseguir,

A devassar a frágil folha,
A conspurcar sua alva pele,
Mas pouco adianta,
A rara inspiração a atravanca.

Diante da insistência
Ela sucumbe e quase desfalece.

O cérebro ordena: "Levante-se,
E se eleve, e se arremesse".

Trêmula, ela suplica
Por um átimo de inspiração.

E o carrasco, olhando de cima
Responde, impiedosamente:
"Sem esforço, não há compensação".

Poesia de Marcos Malfatti

Autor: Eduardo Gomes
Data: 30/12/2018

 

Categorias Poéticas:


Eduardo Gomes          Tel.: 55 - 71 - 98148.6350     Email: ebgomes11@hotmail.com | Desenvolvido pela Loup Brasil.